segunda-feira, 6 de maio de 2013

'Eles cantam muito, mas não fazem sertanejo’

Sérgio Reis, que se apresenta nesta quinta em Sorocaba, fala sobre a música sertaneja universitária


Por telefone, Sérgio Reis, que está com 72 anos de muita saúde e disposição, explica como chegar à Costela do Osmar. “Sai da Castelinho, entra na marginal, sobe a rua do posto e ali, para quem você perguntar, vai saber te indicar onde é o Osmar”, diz o músico.
Ele já perdeu a noção de quantas vezes visitou Sorocaba, pois tem familiares por aqui. Entre eles, Sérgio cita, com carinho, a tia Agostinha.
Nesta quinta-feira, ele sobe ao palco do Ipanema Clube com uma banda formada por dez músicos e apresenta clássicos da carreira, bem como novas canções. Na banda que o acompanha participa, no violão, seu filho Paulo Reis. A agenda está movimentada. “Eu ainda nem almocei”, diz o músico às 17h de uma sexta-feira.
Ele concedeu entrevista ao BOM DIA minutos antes de entrar para a gravação de um programa da Rede Record. “Acabei de voltar de Brasília onde fiz show e vou para Minas Gerais, antes de Sorocaba”, conta.
Com bom humor, Sérgio Reis nem parece paulistano. Apesar de viver na estrada, ele mora em Mairiporã (SP), na Serra da Cantareira, e é vizinho de Renato Teixeira e de Almir Sater.
Questionado sobre o que ele pensa a respeito das duplas sertanejas que aparecem a todo momento na mídia, Sérgio é enfático: “É um iê iê em dueto, mas não é sertanejo. Apenas rotularam como sertanejo universitário por causa do público”. Por outro lado, o músico, autor de “Pinga ni mim”, admite que as duplas geralmente cantam muito.
O pique de Sérgio Reis não se resume a palco, estrada e composições com amigos. Ele também contribui com um projeto solidário no Hospital do Câncer em Barretos. “É necessário dar um retorno para a população”, justifica.
Novo trabalho / “Casei porque bebi” é uma das músicas mais recentes e que ele incluiu no repertório que apresenta nesta quinta-feira, no Ipanema Clube, em Sorocaba.
Se você nunca cantou “Panela Velha” ou “Pinga ni Mim” o show é uma boa oportunidade, mas o preço não é tão acessível.
Outra canção nova que ele deve apresentar aos sorocabanos é “Questão de Tempo”, que fez em parceria com Moacyr Franco.

Onde?
O show começa às 21h30 no Ipanema Clube, que fica na rua Sete de Setembro, 700, Centro. Mais informações: (15) 3519 4330 – ramal 2. Ou pelo endereço www.zeventos.com.

Quanto?
O valor da mesa para não-sócios é de R$ 300 reais; para sócios, custa R$ 260

Trajetória
Sérgio Reis, batizado Sérgio Bavini, nasceu em São Paulo, em 23 de junho de 1940, no bairro de Santana. O cantor e compositor sertanejo começou a carreira com sucessos da Jovem Guarda, como a autoral “Coração de Papel”.

Primeiro disco
Em 1972, Reis gravou o primeiro disco de música sertaneja com a canção “Menino da Gaita”. Seguiram-se os sucessos “Menino da Porteira”, “Adeus Mariana”, “Disco Voador”, “Panela Velha”, “Filho Adotivo”, “Pinga ni Mim” e várias outras canções. O disco “O Melhor de Sérgio Reis”, lançado em 1981, vendeu mais de um milhão.

DVD
Em 2010, Sérgio Reis gravou o CD e DVD “Amizade Sincera”, em parceria com o amigo Renato Teixeira.

Fonte: Rede Bom Dia

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