Sertanejos investem em canções românticas

Depois de cantarem sobre carros, pegação e luxo, os sertanejos estão retomando para as raízes românticas

Com letras sobre amor e sofrimento, a dupla Thaeme & Thiago foi uma das primeiras a se render ao antigo estilo apaixonado do ritmo. “Acreditamos na importância de mostrar assuntos mais profundos nas canções. E todo o mundo quer falar de amor”, explica Thaeme.

Com “Deserto” e “Perto de Mim”, a dupla deu sorte e fez sucesso. Acabou, então, influenciando outros artistas. “Muita gente procura a nossa ajuda, a nossa aprovação”, brinca Thiago.
A dupla Fernando & Sorocaba sempre lançou moda. Com letras irreverentes, os sertanejos percebem no estilo romântico - abordado no disco recém-lançado, “Homens e Anjos” - uma nova forma de entreter o público. “Nós fazemos músicas para todos, baladeiros e apaixonados”, diz Sorocaba.
O galã sertanejo Eduardo Costa afirma que sempre apostou no estilo e nunca investiu na curtição. “Sou um caipira, eterno apaixonado. O sertanejo se renova, mas o romantismo nunca sai de moda”, orgulha-se.
Na opinião do produtor musical Carlos Miranda, o sertanejo está buscando uma forma de competir com o novo rei das baladas: o funk. “A turma do universitário está tentando achar uma alternativa para seguir fazendo sucesso.”
Entre os sucessos tocados nas rádios, Fernando & Sorocaba, Thaeme & Thiago e Luan Santana se destacam entre os mais pedidos pelos ouvintes. E deixam para trás os sucessos com letras irreverentes. “É bom lembrar que o público das rádios é diferente daquele que frequenta a balada. São donas de casa, pessoas de oito a 80 anos. Por isso, as canções de amor são mais pedidas, pois todo o mundo consegue se identificar com elas”, analisa o diretor artístico da Band FM, Murillo Huada.
Na estação, Luan Santana e seu novo sucesso, “Te Esperando”, é três vezes mais pedido do que o segundo colocado entre as queridas da audiência. “O amor é um sentimento universal. Uma música divertida cai nas graças dos jovens, mas a romântica toca o coração de crianças, jovens, adultos e idosos”, completa Huada.

Fonte: Diário de Marília